domingo, 25 de outubro de 2009


*Quando chove -
Patricia Marx


Quando olho nos teus olhos
Não vejo a luz do amor
Só as sombras do passado
só um fogo que se apagou

A vida é assim
nosso espelho se quebrou
é hora de se guardar
os segredos no coração

Se chove lá fora
queima aqui dentro
de vontade de te abraçar
amor
quando chove
fica mais triste esperar
por alguém
que não vai chegar

Quando ouço teu silêncio
escuto meu coração
Bater apressado e urgente
te querendo sem querer
cansado de sofrer
Mas agora já é hora
dessa chuva ir embor

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O amor não existe!

Existe o mar, bravo, livre, solto, azul… salgado como as minhas lágrimas, distante, como o meu amor.
Existe a morte, que espero ansiosa, onde cairei num sono eterno. Não mais sonharei contigo. Nunca mais serás o primeiro pensamento do meu dia, nem invadirás as minhas insónias constantes.
Existe tanto para além de ti, e esse tanto, que tanto queria agarrar, foge-me. Escorre-me entre os dedos como a areia fina da praia do meu Inverno.
Sei de tanto que existe… E sei também que não existe amor. Não da tua parte. Existe apenas desprezo pelo que sinto. E sinto, sinto tanto! E odeio-me pelo tanto que sinto, e sinto, e sinto…
A noite, triste, assombra-me e as estrelas do meu céu esfumam-se, como se esfumou a esperança. Sim, já tive esperança. Essa maldita que morreu com as palavras que nunca me disseste, com beijo que nunca senti, com o amor que não existe.


Vera Sousa Silva